2008-10-06

Relativizar

Em cada dia a Terra completa uma volta sobre si mesma. Nós giramos com ela. Assim sendo, todos os dias temos a oportunidade de, de algum modo, olhar o Universo de pontos de vista diferentes. Ainda assim, preferimos continuar a olhar uns para os outros. A cruzar-nos. Trocar ideias. Ter um quotidiano até. E com esta distracção, esta vida, acabamos por esquecer aquilo a que fazemos parte. Este Big Bang que todos os dias parece ocorrer quando mecanicamente vivemos, mal o nosso astro maior se vislumbra.
Não que a escuridão não seja frutífera. Não. Mas uma maçã, como todo um espectro de frutos que completa a totalidade de qualquer banca, nasce de um equilíbrio particular entre noite e dia. Se os sonhos vêm da noite, as suas concretizações acontecem de dia e com elas mais sonhos, outra realidade, novas formas de progredir.
E quando o sol se põe, parece ficar apenas um vazio, uma miragem chamada lua, restando apenas o agradecimento por mais um dia, por mais uma volta, pela coragem... A lua não faz assim tanto, sejamos sinceros. Desconhece até os efeitos da sua passagem. Marés? Queda da folha? A ânsia por que mais aconteça pode parecer não cessar. Mesmo assim acontece, com ansiedade ou sem ela.

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